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Especialista explica táticas de marketing em possível camisa vermelha na Seleção

Lance! conversou com professor de marketing esportivo para levantar as possibilidades em torno da polêmica decisão

Seleção Brasileira Eliminatórias Copa do Mundo 2026
imagem cameraNike é a fornecedora de material esporitvo desde 1996
Dia 01/05/2025
04:15
Atualizado em 01/05/2025
06:45

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Enquanto a novela sobre a escolha do novo técnico da Seleção Brasileira segue sem definição, a torcida concentra suas atenções num debate que quase não ter a ver com a disputa em campo, a não ser pelo fato de envolver qual cor vai representar o Brasil na próxima Copa Mundo. A possível camisa vermelha substituindo a tradicional azul abriu o debate nas redes e despertou a curiosidade de parte dos torcedores para entender quais estratégias ou táticas de marketing podem explicar esse movimento inesperado.

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A possibilidade de ver o Brasil vestindo uma cor inédita em campo precisa ser tratada no campo da especulação por enquanto, já que a própria Confederação Brasileira de Futebol (CBF) negou em nota oficial qualquer definição de mudança de cor no segundo uniforme da equipe em parceria com a Nike. Entretanto, não impede que o tema seja debatido e algumas explicações sejam levantadas.

Afinal, essa seria a primeira vez que a Seleção Brasileira iria para um Mundial com uma camisa que tenha as cores da bandeira ou brasão da CBF. Para entender melhor as estratégias que podem explicar o movimento, o Lance! Biz conversou com professor de marketing esportivo da PUC-Rio, Luiz Léo, para levantar as questões envolvidas nessa possível mudança.

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O ponto de partida para compreender essa alteração é entender que isso não é um movimento inédito no mercado do futebol de clubes ou seleções, principalmente na “era moderna do futebol”. Equipes como a Alemanha, por exemplo, já inovaram os segundos uniformes com cores que tem nada tem a ver com as cores da bandeira ou do brasão da federação.

O professor Luiz Léo explica que a definição para a criação onde um novo produto são levados em consideração uma série de aspectos técnicos, que envolvem desde a parte de pesquisa e levantamento de interesse do público até entender se o estilo, cor ou matéria prima têm um custo benefício positivo diante da projeção de mercado.

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selecao brasileira venezuela
Seleção Brasileira usa a cor amarela no primeiro uniforme. (Foto: Rafael Ribeiro/CBF)

Para ele, não há dúvidas que a Nike, fornecedora da Seleção Brasileira desde 1996, ou por esse por esse processo para pensar na fabricação de qualquer peça feita para o Brasil na história - e com essa não seria diferente.

Entretanto, a mudança radical de cor pode indicar também um olhar para uma nova parte do mercado consumidor. Mercado esse que não tem necessariamente a ver com futebol, mas também na parte estética e até sociopolítica envolvida no país. Para o especialista, o mercado tradicional do futebol tende a se afeiçoar a produtos que tenham uma maioria afetiva ou nostalgia, enquanto outra parcela se mostra adepta às novas tendências.

- O ativo de seleção de futebol, de seleções esportivas em geral, é um ativo muito ligado a essa coisa da história, da tradição. Tem um olhar mais conservador para esse tipo de mercadoria. Você imagina que aquilo ali conecte a memória do cara. Quando você radicalmente muda, vamos para um lugar que a gente nunca esteve, é claro que você olha também para um outro perfil de público - destaca o professor.

Estratégia política na nova camisa?

A possível mudança de cor da camisa é uma estratégia bastante arriscada e carrega esse aspecto inovador. As estratégias por trás do movimento são tão arriscadas quanto à própria ideia, ao ponto de muitos espectadores levantarem a possibilidade dos envolvidos terem objetivos políticos ao lançar a peça, visto que existe uma polarização política no Brasil e a marca da equipe é usada como uma ferramenta desse meio.

Luiz Léo destaca que há, de fato, um cenário onde isso possa ser analisado e entendido como uma estratégia da então fornecedora da Seleção Brasileira para buscar novos públicos e aumentar a venda de um importante ativo.

Para defender a possibilidade dessa decisão estar atrelada, também, a um aspecto político, o professor retoma o fato de que são feitas inúmeras pesquisas de mercado e de comportamento da população que poderiam ter indicado uma tendência inédita a ser seguida. Entretanto, pondera que os personagens envolvidos nessa decisão não tomam decisões baseadas no imediatismo ou em indicativos simples da sociedade.

- Eles não fazem esses raciocínios tão imediatistas, entende? Eu acho que tem pesquisa, eles têm tudo isso por trás. Para CBF, eu acho que é um momento de muita turbulência, embora essa decisão também não tenha se tomado até hoje - afirma.

O que diz a CBF

Em nota oficial, a CBF afirmou que as imagens divulgadas de possíveis designs da camisa vermelha da Seleção Brasileira são falsas, apesar de não ter negado a existência de uma peça nessa cor no futuro.

- A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) esclarece que as imagens divulgadas recentemente de supostos uniformes da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 não são oficiais. Nem a CBF e nem a Nike divulgaram formalmente detalhes sobre a nova linha da Seleção. A entidade reafirma o compromisso com seu estatuto e informa que a nova coleção de uniformes para o Mundial ainda será definida em conjunto com a Nike - diz a nota.

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