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Carnaval 2023: Atual campeã, Mancha Verde aposta no Nordeste para superar ‘divórcio’ com Leila e seguir no topo

Escola levará à Avenida o xaxado para tentar manter o título na comunidade alviverde

Mancha Verde carnaval 2023
imagem cameraEscola da torcida palmeirense terá o peso do favoritismo em 2023 (Foto: Divulgação/LigaSP)
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Lance!
São Paulo (SP)
Dia 12/02/2023
03:03
Atualizado em 15/02/2023
06:00

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Quando futebol e samba se misturam, nem sempre uma coisa pode se dissociar da outra. E não há exemplo melhor disso no Carnaval de São Paulo deste ano do que a Mancha Verde.

A atual campeã da folia paulistana (segundo troféu na história) chega ao Anhembi para defender o seu título cercada de expectativa e em meio a uma disputa de bastidores com a presidente do Palmeiras, Leila Pereira.

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A mandatária alviverde rompeu oficialmente todas as relações que mantinha com a principal organizada do clube. E, por consequência, isso incluiu o aporte financeiro que dava à escola de samba por meio de suas empresas via Lei Rouanet.

Por isso, o primeiro desafio da Mancha na Avenida em 2023 é mostrar que 'pode caminhar com as próprias pernas', digamos assim, já que agora os holofotes do Carnaval estão voltadas para ela. E Leila não será o único desfalque. Responsável pelos dois títulos da agremiação, o carnavalesco Jorge Freitas já tinha anunciado a sua saída antes mesmo do desfile de 2022.

Para seguir em frente, a agremiação escolheu o Nordeste como tema, o xaxado, tradicional ritmo musical daquela região brasileira e levará ao Anhembi o enredo 'Oxente – Sou Xaxado, Sou Nordeste, Sou Brasil'.

O responsável pelo desfile será André Machado, contratado pela Mancha pouco depois do bicampeonato do ano ado vindo direto da Colorado do Brás, onde surpreendeu e fez uma apresentação digna de elogios em 2022, mas que culminou em rebaixamento.

- O enredo surgiu antes de eu chegar na Mancha Verde, tanto é que anunciaram no Desfile das Campeãs. Eu pensei que não pudesse ter o caminho e liberdade por ter já escolhido, mas graças a Deus o Paulo Serdan me deu liberdade para fazer a pesquisa e seguir o caminho que seria legal na minha visão. Eu apresentei o projeto, ele gostou e foi muito bacana. A gente pegou a ideia do ritmo do xaxado e desenvolveu em quatro partes, que são os quatro carros alegóricos - disse Machado, ao site 'Carnavalesco'.

Em sua primeira experiência como o carnavalesco principal de uma escola grande, o carioca Machado exaltou a organização da Mancha e contou como é trabalhar em uma agremiação nascida de dentro de uma torcida organizada, algo não existente sem sua terra-natal.

- Eu vou ser bem franco. Eu até tinha um certo preconceito com escolas de torcida organizada. Eu fui criado no samba e nasci no carnaval, mas de dez anos para cá, algumas estão desvinculando a torcida da escola de samba e a Mancha faz muito isso. O trabalho que o presidente fez nos últimos anos foi de separar a torcida dos apaixonados por carnaval. Essa recepção, quando eu fui na quadra, eu pensei que a comunidade teria um pé atrás. Eu estou sucedendo um cara que foi bicampeão. O Jorge Freitas tem um nome muito forte aqui em São Paulo e eu sou um cara que acabou de cair com o Colorado, mas eu tento me aproximar o máximo possível dos componentes, trago eles para me ajudar para ter essa conexão. Eu quero estar no meio do povo, cumprimentar as pessoas e ter essa troca de energia, até para ver a emoção das pessoas na avenida. Isso que é carnaval e todo mundo é igual.

A expectativa, de Machado, do presidente Paulo Serdan e de toda a coletividade alviverde não poderia ser outra que não o título. Marcada pelo visual impecável nos últimos anos, a Mancha atingiu um nível de excelência que não permite retrocessos. E o carnavalesco demonstra ter essa noção.

- Queremos o tricampeonato. Aqui a gente só pensa dessa forma. Quero dar esse presente, porque eu ganhei esse presente da Mancha, que é estar aqui hoje fazendo o que eu mais gosto. Eu tenho que retribuir esse carinho que eles têm comigo. É deixar bem claro que o carnaval não é feito apenas pelo André e sim pela comunidade inteira, mas eu tenho que trazer esse campeonato. Se não for também, não tem problema. Eu quero apresentar um carnaval para a escola. Quero fazer com que as pessoas vão para a escola com um sorriso achando que vão para a Avenida campeã do Carnaval. Se não for, é consequência do projeto e da apuração.


RAIO-X

GRÊMIO RECREATIVO CULTURAL ESCOLA DE SAMBA MANCHA VERDE

Fundação: 18/10/1995
Cores oficiais: verde, branco e vermelho
Presidente: Paulo Rogério de Aquino (Paulo Serdan)
Carnavalesco: André Machado
Mestre de Bateria: Guma Sena
Casal de mestre-sala e porta-bandeira: Marcelo Silva e Adriana Gomes
Direção de Carnaval: Paolo Bianchi
Direção de Harmonia: Marquinhos, Bruno e Danilo
Rainha de bateria: Viviane Araújo
Coreógrafos da Comissão de Frente: Wender Lustosa e Marcos dos Santos
Colocação em 2022: Campeã – grupo Especial
Ordem de desfile em 2023: Sábado (18 de fevereiro), terceira escola a desfilar (0h40)
Títulos: 2 (2019 e 2021)

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Samba-enredo

OXENTE — SOU XAXADO, SOU NORDESTE, SOU BRASIL

Autores: Edinho Gomes e Gilson Bernini
Intérprete: Fredy Vianna

Mancha verde é emoção, oxente
Coração do nordestino bate no peito da gente
Somos uma só família, “êta” povo abençoado
Hoje meu samba vai no o do xaxado

Eu vim de lá
Também sou cabra da peste
Sou das bandas do nordeste
Vila bela sim “sinhô”
Serra talhada, chão rachado, poeirento
E um sentimento que reflete o meu valor
Oh meu “Padim Ciço”, fé e devoção
Minha história tá na memória
Eu sou do tempo do valente Lampião
“Se avexe não”, na tristeza dou um nó
No arrasta pé do xote, baião e forró

Puxa o fole, sanfoneiro, a poeira vai subir
Sertanejo chorou tanto, tá na hora de sorrir
Há esperança reluzindo em cada olhar
Faz um verso de amor, amanhã vai melhorar

O cangaceiro na batalha triunfou
Até maria bonita no bando comemorou
“Olê muié rendeira”
Na embolada dançando a noite inteira
Vem violeiro, num repente ajeitado
Tô “arretado”, a zabumba tá chamando
“Não há oh gente oh não”
Coisa melhor do que cantar o meu sertão
Quanta saudade, “é tempo de voltar”
Salve mestre Vitalino
O meu orgulho, minha raiz
Patrimônio cultural desse país

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